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#Review: The Poughkeepsie Tapes

SPOILERS ALERT


Poughkeepsie é uma cidade do inteiror de Nova York, que segundo esse documentário passou uma década sofrendo com um serial killer cruel e com o pacote completo de atrocidade humana.
O filme é de 2007, do mesmo diretor de Quarentena, Demônio e o super recomendadíssimo Assim na Terra Como no Inferno (que segue a mesma linha desse no quesito de Found Footage), John Erick Dowdle.
As Fitas de Poughkeepsie lançou no mesmo ano de Atividade Paranormal, o que fez com que ficasse apagado em comparação a esse outro found footage, que convenhamos, nem é tão bom assim comparado com a crueldade e terror psicológico de As Fitas de Poughkeepsie.





A história é a seguinte: a FBI achou umas fitas contendo detalhadamente assassinatos, modos de abordagem do assassino e entre outras baboserias que o próprio filmava. O filme é em forma de documentário, amenizando o cliche dos filmes do gênero de filmagens caseiras, mostrando vítimas do assassino e seus familiares, entre entrevistas com policiais e partes das filmagens passando durante as entrevistas. São mais de 800 fitas, algo como snuff videos e como disse um dos entrevistados "um tipo de pornô caseiro".
As fitas contém os efeitos colaterais de fitas velhas e mastigadas, emboloradas, com as imagens retorcidas e de pouca qualidade, deixando a dúvida: seriam essas filmagens reais? A crueldade humana pode chegar a esse nível?

O caso foi muito difícil de se resolver, pois o serial killer não tinha um padrão, sendo suas características sempre mudadas em: "alterado, calmo, louco, sofreu algum trauma na infância, assassino a sangue frio, apenas um coitado, matava por prazer, matava para se ajudar."

Em um certo momento, um homem foi preso, acusado de ser o nosso assassino, carinhosamente apelidado como "O Carniceiro do Rio". O homem teve pena de morte, sendo descoberta a sua inocência 3 dias depois da sua morte.
O filme também conta a dificuldade de seu filho de se restabelecer na sociedade pelo preconceito das pessoas por seu pai ser considerado um assassino, sendo de pouco conhecimento a sua inocência pois no dia que foi declarada o 11 de Setembro aconteceu.


Em suas fitas não só podemos ver os assassinatos e torturas, mas também as abordagens que o serial killer fazia para conseguir as suas vítimas, sendo de casais, mulheres sozinhas e até uma criança que aparece logo no começo.



Apesar da maioria das suas vítimas não durarem muito, o cara tinha uma "preferida": Cheryl Dempsie, que passou 8 anos com o torturador, sofrendo agressões físicas, sexuais e psicológicas, até aderir síndrome de estocolmo. Mesmo depois de resgatada, Cheryl pedia para voltar pra casa, que, para a surpresa de todos, não era a casa de seus pais, mas sim do seu sequestrador. A entrevista de Cheryl para o documentário é perturbadora.


E agora você me pergunta: isso é real, Merynho? E eu te digo: não. Ainda bem que não. Mas o filme é cruel a todo momento, sendo mais um terror psicológico do que algo como gore. Quando passou em um festival, muita gente ficou em dúvida sobre a veracidade das filmagens, mas logo foi declarado ser apenas um documentário falso. Acredita-se que o diretor se inspirou num caso que aconteceu em Dempsie, onde Kendall François cometeu vários assassinatos, mas diferentes dos retratados no filme. Por possuir um conteúdo pesado, nunca foi lançado em DVD nem nada do tipo, mas é um filme considerado essencial para quem gosta do gênero e quem não tem problemas em ver filmes contendo assassinatos, estupros e torturas, além de um terror psicológico.



O filme não é real, mas casos desse tipo estão longe de não ser uma realidade. Além dos sequestros todos os dias e violências ocorridas ao redor do mundo, não é de hoje que escrevo sobre pessoas cruéis aqui no blog, e pra quem conhece o caso de Natascha Kampusch sabe bem que é uma realidade no mundo grotesco em que vivemos.


Se há uma mensagem no filme eu diria que seria algo como "não confie em qualquer pessoa e todo cuidado é pouco".

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