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#Indicação: Peregrino (e uma entrevista improvisada com o escritor)

Falaê, cambada! Tudo bom com vocês? Como vocês sabem (ou não), eu tenho uns amigos bem loucos das ideias que eventualmente fazem umas artes e um desses amigos é o Luís. O Luís é um cara maneiro aqui de Brasília que teve a brilhante ideia de fazer um livro sobre um carneiro e seu balão de sonhos perdido.


Opa, calma lá. Se perdeu nesse negócio de balão... carneiro... sonhos... sonhos em balões?!
Relaxa que o próprio Luís te explica de qual é desse role.

Luís: "A história do trem é a seguinte: O mundo do livro é povoado por bichos. Bichos antropomórficos falantes e tal. Aí o que rola é que tem essa vila, que é cheia de carneiro e os carneiros tem esse negócio de carregar um balão, e dentro do balão sempre ficam todos os sonhos deles. Quanto mais o bicho cresce, mais os sonhos vão aumentando, até que o balão sobe e puxa o carneiro pra cima e leva ele embora, e é assim que os bicho saem da cidade. O personagem principal é um desses, só que ele tropeça e deixa o balão dele escapar.
Se fodeu.
O balão gruda numa nuvem (porque nuvem pode ser sólida, o livro é meu e foda-se), e ele fica lá olhando e pensando:
"Puta que pariu, mas que caralho, fodeu, como que eu vou pegar essa merda agora"
(Devia ter isso num balão de fala na versão com ilustrações, só pra contrastar com a escrita que começa com cara de conto infantil ahahahahhaha)
E aí ele decide que vai sair da cidade e vai descobrir um jeito de subir até as nuvens pra pegar os sonhos de volta, e tal. E é isso a ideia central do negócio."

Meryh: "Porra, gostei pra caralho disso. FODA."

Luís: "Aí tem altas coisa, altos bicho, tem urubu rato boi periquito bode diabo morte jesus tudo os bicho."

Meryh: "Massa demais. Mas aê, como veio essa ideia aí?"

Luís: Ela é meio que uma mistura de coisa, na real. Faz MUITO tempo eu queria tentar fazer roteiro pra tentar juntar com uma galera e fazer uma animação curta ou quadrinho e a ideia era um bocado diferente. Porque eu queria uma animação sem palavra nenhuma, cheia de bicho escroto e tal. Aí ia ser sobre uma criança morta que tá no purgatório esperando pra saber o destino, e tem uma bolinha. Aí ela joga a bola pra se distrair e a bola cai direto no inferno, e aí o moleque ia descer pra buscar.
Enfim, é meio parecido, mas é outra lombra que ia pra outro lado. Aí apareceu um concurso (acho que era da Saraiva) de literatura infantil só que tinha que ser em verso, acho que era de poesia, nem lembro aí eu pensei "beleza, eu pego essa ideia velha, dou uma ajeitada nela, tento fazer em verso, mando pra ver no que dá e vai que cola" . Óbvio que não deu certo, eu perdi o prazo, a parada em verso ficou só a desgrama ruim e eu desisti.
(Foi aí que eu fiz a mudança pra bicho, tirei os satanismo tudo, entrou carneiro e pá)

Meryh: "Massa demais. E a ideia dos demônio tudo e tal? Tu tem vontade de fazer essa "versão" ainda?

Luís: "Nem é versão, né, ia ser uma parada completamente diferente.  Eu até tenho, mas não por agora, porque a estrutura é muito parecida. Melhor fazer outro trem antes."

Meryh: "Saquei, saquei. E tu sempre escreveu? Tem outros trampos?"

Luís:" Tem uns trem em blog, uns trem que foram publicados numa zine de SP (A Mandíbula, era mó boa, mas acho que rolou umas 3 edições só), uns trem no wattpad... Tinha um blog que era do CA de letras, mas esse é velho, foi abandonado e de meu só tinha um conto lá."

Meryh: "Mostra aí pra gente!"

Luís: "Um Furo 
Bocovski (esse era de zuera pra me fingir de velho, mas eu nunca mais usei então nem tem mais motivo pra manter a identidade secreta)"

Meryh: "Que que ce tem a falar pra galera ver que vale a pena mesmo esse role do teu livro?"

Luís: "Aaaahhh a pergunta inevitável do marketing pessoal, né! Eu acho massa, até porque eu sou horrível com isso."

Meryh: "Lógico po! Vamo fingir que a gente sabe o que tá fazendo."

Luís: "Hahahaha sim!
Então. O livro é uma história que precisava sair, cheia de alegorias a coisas entaladas que tavam me perturbando a cabeça. Tem um monte de coisa dita nele através de bichinhos falantes e uma terra de fantasia que talvez não seja tão bonitinha depois de olhar de perto.
A treta maior é que eu não tenho como falar sobre o que o livro é. Eu sei sobre o que ele é pra mim, mas se eu começo a falar das representações e de como ele foi construído, aí vai começar a aparecer gente dizendo "foi tal coisa que o autor quis dizer quando fez a metáfora do balão" ou qualquer bosta assim.
Então o que acontece é que eu escrevi essa história de uma criatura carregando coisas importantes num balão, e da viagem pra conseguir essas coisas de volta, e qualquer interpretação de "o que significa ele ser um carneiro" e "por que todos os personagens têm nomes com quatro sílabas" é por conta do leitor. Até porque as análises dos outros foram as coisas mais massa que eu ouvi sobre o livro até agora.
Por exemplo, pergunta pro Jai sobre o que é o livro. Quando eu perguntei, ele passou um tempão me falando que é sobre morte e só tem morte e destruição e morte e desgraça e morte tudo disfarçado de carneirinho saltitante na porra do livro mas na real é morte."

Meryh: "Mas tudo na vida é sobre morte mesmo!"

Luís: "Morte e sexo e comida e solidão, né ahahahaha"

Meryh: "SIM!! Hahaha"

Esse é o Luís!
O livro do sr. Luís pode ser encontrado AQUI por apenar R$7! Se tiverem alguma dúvida é só comentar aí embaixo que se pá rola outro role com ele ou a gente responde aí embaixo mesmo.

Quer que seu trampo apareça  aqui também ou tem indicação de algo? Só chegar em uma das redes sociais abaixo!

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